terça-feira, 29 de março de 2011

The Secret for a Smile

You just have to:

- Stop to compare yourself with anybody else.

-See the beauty in all small things.

-Make the pain become into pleasure.

-Watch a light in the darkness.

-Hear a laugh in the silence.

- Capture a whisperer in the winter.

-Have hope.

Keep breathing. Keep moving. Keep living.

And then maybe, just maybe, you will smile.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Oi Obsessão, hoje eu te vi. Você estava deslumbrante, mas nunca deixa de estar. Quase não olhava para mim, mas quando olhava me fazia derreter com o olhar. Estava com uma espécie de respeito, a mim, a outra pessoa ou a todos do ambiente, não sei. Encontrar-te me faz sentir bem, mas... aquela super aliança no teu dedo me quebrou todinha. Dizem que se é paixão tem data de validade: seis meses, no máximo; se exceder a isto é amor. Três anos são mais que seis meses...
Doeu, sabia? Doeu ver aquela super aliança gigante no teu dedo. Doeu vê-la te abraçando, te beijando, te acariciando. Fazendo-lhe cafuné... Doeu ver a intimidade de vocês, a forma como você conhece dela e ela de ti. Doeu ver-te a repreendendo por coisas bestas e ver a forma como você cuida dela. Doeu por ser ela e não a mim. Doeu porque os assuntos me remetiam a você, a como você me afeta e o que eu faria por você. Doeu porque cada gota de álcool que eu coloquei em minha boca foi para tentar cegar-me e fazer de mim incapaz de ver aquela cena. Doeu porque todas as pessoas que gostam de mim e tentavam me fazer parar de beber não conseguiam compreender a dor que estava dentro de mim. Não compreendiam que eu bebia para me distrair do que eu via do outro lado da mesa e para me distrair do que esperneava dentro de mim. Não compreendiam que a bebida servia para me desfocar do que acontecia no meu exterior e no meu interior. Não enxergavam que por detrás dos meus risos havia dor.
É engraçado como alguns milésimos de segundos são capazes de congelarem na memória. Todos os momentos que eu tenho a sorte de passar com você ficam assim: eternizados. Cada abraço que você me deu, cada olhar, cada palavra... Todos eternizados em minha memória. Hoje foram milésimos de segundos ou, talvez, menos que isto. Mas hoje eu irei dormir pensando no teu olhar. Lembrando dos poucos segundos em que você olhou dentro dos meus olhos. Por que o seu olhar mexe tanto comigo? E o seu sorriso? Sua voz, seu abraço, seu cheiro, suas palavras, suas mãos, suas manias... Tenho tudo decorado. Tudo de você está tatuado em minha memória. Tenho cada detalhezinho minúsculo registrado em mim. Seus costumes, suas manias, suas preferências, seus gostos, seus vícios... É por isto que eu te tenho como Obsessão. Não é porque eu te siga ou seja maníaca por você, não. É porque eu decoro tudo de você como não decoro de ninguém. É porque quando eu te vejo meus joelhos tremem e eu fico revivendo cada momento repetidas vezes. É porque eu te tenho em mim quase como uma doença, mesmo. Não que seja algo não-saudável, mas porque é o que me tira da minha rotina.
Ai de mim quando as férias acabarem... Ai de mim...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Nostalgia



Saudades. Saudades das tardes dos primeiros anos vendo filmes e mais filmes com minha mãe. Saudades da notícia da visita de minha avó significar que eu ganharia presentes. Saudades de pescar com meu pai e de caçar vaga-lumes com meus primos que puxam o “X”. Saudades de fazer da lavanderia meu playground e de imitar os filmes e os desenhos. Saudades de brincar de casinha. Saudades de brincar com minhas Barbies e simular seus diálogos telepaticamente. Saudades de ter medo do Boi-da-Cara-Preta. Saudades de brincar de gato mia. Saudades de lavar o banheiro de biquíni com minha irmã e mais brincar com a água e sabão do que lavar. Saudades dos meus aniversários e dos salgados, doces, sorvetes, pula-pula e enfeites. Saudades da líder da turma. Saudades da patricinha e de suas seguidoras – e de ser uma seguidora. Saudades de brincar de amigo invisível. Saudade de comer formigas e de crer que isto faria bem para as vistas. Saudades da sensação de decepção por ter de colocar óculos e porque as formigas me traíram. Saudades de puxar o cabelo dos meninos e isso ser o mais próximo de um “eu gosto de você”. Saudade da banda da quarta série, dos ensaios e do detalhe que ensaiávamos todos os dias e ninguém sabia tocar nada. Saudades da minha Fada, da minha Duende. Saudades da mais inteligente do trio. Saudades dos dois trios. Saudades da pessoa que era o ponto em comum nos dois trios. Saudades do sítio. Saudades da piscina do sítio, da churrasqueira, até da sinuca. Saudades de ficar jogando cartas desde depois do almoço até de madrugada. Saudades de escalar barrancos, de enfiar dentro do mato, de nadar no riacho, de jogar no campinho, de brincar de espiã, de adotar e nomear os pintinhos, de fazer enterros para os pintinhos, de criar esconderijos, de correr das cabritas, até de quando as cabritas comiam nossas roupas. Saudades de ter, no mínimo, três picadas de marimbondos que rodeavam a piscina e de sair correndo e chorando para meu avô. Saudades do meu avô. Saudades da primeira vez que andei de ônibus sozinha, quando temi entrar no ônibus errado ou me atrasar, portanto saí uma hora e meio mais cedo, deixei passar três ônibus até que eu me toquei que só passava um ônibus na rua; quando me virei para olhar na esquina e percebi que meu irmão me vigiava o tempo todo. Saudades dos balões nos meus aniversários. Saudades dos meus mangás e de desenhar. Saudades de sair de casa duas horas mais cedo que o horário de aula para ir à escola. Saudades de visitar minha avó e dela me mimar com batatas-fritas e minhas outras comidas preferidas. Saudades de viajar em todas as férias. Saudades dos sons dos pássaros. Saudades de fazer judô, ginástica olímpica, natação, diversos cursos, aula de inglês e até de japonês e não completar nenhum. Saudades de quando eu era chorona e extravasava minhas dores com a maior facilidade. Saudades do sótão e até mesmo de sua poeira. Saudades de ir à padaria só de pijamas e não sentir vergonha nenhuma disto. Saudades de morar a cinco casas da Fada. Saudades da mão da paulista do trio que era capaz de me afastar de todo mal. Saudades do meu cavalo e do meu orgulho dele ter sido o primeiro resultado de uma conquista minha e não um presente de meus pais originado por um capricho.

E olhe que o que eu listei aqui foi só até meus 14 anos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011



Olá,
O calor tornou-se insuportável. Se você estivesse aqui iria estar se queixando, isso é certo.
É sempre assim, não é? Quando não sabemos o que falar, falamos do tempo. Do tempo como clima, não do tempo de horas, dias, semanas...
Mas, se for para falar deste tipo de tempo, estas palavras vão ficar muito açucaradas, do jeitinho que você não gosta.
Então falemos sobre física. Mas daí eu voltarei a falar de tempo, mais exatamente sobre a relatividade do tempo: como o tempo passa arrastado quando você não está aqui.
Açúcar de novo, não é? Então falemos de outra física: o contato físico e o meu desejo de ter o teu contato. Mais açúcar...
O oposto de açúcar é o sal, falemos de sal. Pensei em suor, em calor, em tempo e em física.
Desculpa, não sei ser sem açúcar.
Olhe que engraçado: quando alguém é sem sal é porque não é bonito; quando alguém é sem açúcar é porque não é romântico. Então, qual é o melhor sabor para alguém ser?
Particularmente eu prefiro pessoas salgadas e açucaradas, segundo esse raciocínio.
Certo, minha carta não foi tão doce, não devo ter arrancado lágrimas salgadas de ti.
Perdão pela minha incapacidade de escrita.
Eu poderia até dizer o que sinto, mas você sabe e seria o ponto máximo de açúcar.